quinta-feira, 22 de abril de 2010

Que a gente se permita


Entre um dia e outro, entre uma porção de acontecimentos e muitos mais outros... entre um ano e outro, ANOS e outros, eu continuo percebendo. A minha capacidade de análise em relação à pessoas nunca foi pequena, porque ao contrário do que eu sempre pensei, eu gosto de gente. Todo mundo é tão igual e tão diferente ao mesmo tempo. Eu me vejo, ou pelo menos vejo um pedaço de mim em cada pessoa. Meus erros, meus acertos, minha capacidade de julgar. E eu julgo, ah como eu julgo... Muitas vezes internamente, mas julgo! Mas eu não quero, eu acho feio, eu acho errado. E eu sei toda a regra. Afinal, o julgador é o menor conhecedor do que ele julga. Ele não conhece o presente, ele não sabe o estado real da coisa, ele é um total ignorante em relação ao alvo. E ignorância, me desculpe, é muito feio.

E porque será, então, que isso sempre continua? É medo, é ciúmes, é querer não morrer de vontade e não poder. Porque tem gente olhando, porque tem gente falando, porque tem gente que não é feliz querendo que você não seja também. Aí você atribui um monte de regras pra si mesmo sobre o que é certo e errado e se sente um lixo porque o teu errado era o certo deles e o teu certo pode ser bem errado pra todos.

E sabe o que não pode? Não se pode ter regras pra ser feliz. Não se pode esconder aquele sorriso envergonhado pensando na loucura que você fez certa vez. Não se pode perder toda aquela espontaneidade que a gente tinha, toda aquela vontade de viver e ver e ser o que a gente quisesse, o que a cabeça dissesse pra fazer. E mais, muito mais. Que a gente finja que não vê a cara de desapontamento da pessoa infeliz que te dá conselhos idiotas quando você contar de propósito as barbaridades que fez... E viveu.


Que a gente se permita. Que a gente quebre a cara mas que, pelo amor de Deus, a gente se permita.



(Transcrito e adaptado de algum lugar, por eu mesma.)

3 comentários:

  1. ''Não se pode esconder aquele sorriso envergonhado pensando na loucura que você fez certa vez. ''
    Isso foi tão parecido comigo, Nat *_* Fico rindo sozinha às vezes, só por lembrar de algo, e quando faço isso o ônibus algumas pessoas me olham estranho, mas nem ligo, como você mesma disse, me permito, me permito ser assim, feliz, por ser só feliz.

    Adorei o texto, continue postando.Beijos :*

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  2. Nath... Adorei o texto. Essa insegurança de fazer as coisas por medo do que os outros pensam, fala, criticam, cochicham.... É um saco! Mas agente tem que se desprender, e realmente "viver". Literalmente. Só que não é tão fácil assim. Não há meio termo. As pessoas que falam, falam DEMAIS! E as pessoas que são tímidas, sempre se arrependem mais das coisas que não fazem do que das que fazem. E com o tempo o medo de tentar se torna muito maior que o arrependimento de ter feito.

    Beijos! :D

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